domingo, 31 de julho de 2011

Antipoesia de uma poeta



Nasci com uma  predestinação: sou  poeta. Não, ninguém assim me definiu, não é uma definição oficial, entendo como uma condição. Se é ou não poeta.
Por causa desse estigma, as coisas nunca são simples. Surgem em função dos temas. A poesia se sobrepõe à vida? Se sobrepõe ao amor, decerto, pois assim tem sido.  Jane Austen deve ter se questionado também:  


Elizabeth: Eu me pergunto quem descobriu o poder da poesia para espantar o amor.
Darcy: Achei que fosse o alimento do amor. 
Elizabeth: Do amor belo e vigoroso. Mas se é apenas uma vaga inclinação, um pobre soneto o liquidará.

Os pés dos temas, nem sempre suaves, tem pisado meu corpo, minha mente, meu coração. Até que qualquer amor seja liquidado.


Ai de qualquer um como eu que seja poeta. 
Mas, como poeta sem amor é poeta morto, o último sopro ao vivo, alí no guardanapo:

Olha dentro do meu espelho
Quanto mais olhas mais reflexo
Teu
Espelho/coração
Vou te falar da segunda chance...
Da antipoesia minha.

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