sábado, 12 de setembro de 2009

Místico x Científico: que querela inútil!


Muitas vezes fui dormir tarde da noite assistindo ao Programa do Jô, na Globo. Eu gosto muito do Jô Soares e mais ainda das entrevistas quase sempre divertidas e interessantes do seu programa. Mas, vamos combinar, às vezes, para ser engraçado, Jô extrapola, e aquilo que poderia ser uma entrevista fantástica serve apenas pra ele ficar fazendo piadinhas de gosto duvidoso. Infelizmente foi o que aconteceu esta madrugada.
Uma moça, muito simpática e educada, foi até lá para falar do poder das pedras. Ela, que estuda o assunto desde bem jovem, mostrava um conhecimento relevante dos minerais, não só matemático/científico, como também energético. Pois é, a palavra energético, o uso das energias das pedras, logo levaram Jô e, acredito, boa parte da platéia, à palavra místico. Disse ele:
- Mas esse estudo energético das pedras não é ciência, porque ciência pressupõe repetição em laboratório, comprovação. Isso na verdade é do campo do... misticismo não?
Como se o passado da ciência não tivesse sido um dia deste “campo”. Jô foi infeliz nessa, e mais outras observações que foi fazendo ao longo da entrevista. Caiu no senso comum que diz que apenas à ciência corresponde a verdade. Talvez movido pelo mesmo senso comum que usa e compreende a palavra místico como algo pejorativo, sinônimo de pessoa avoada, que crê em coisas que não existem. Mais uma vez deve ser o senso comum que informa que o que existe é só o palpável, ou melhor, o visível!
Senso comum que continua como na Idade Média, onde os micróbios não existiam pois não eram vistos a olho nu. Aí, séculos depois, por meio do instrumento, o microscópio, a ciência confirma a verdade: os micróbios existem, estão ali, estou vendo!

E assim, vai a humanidade comum caminhando crendo na aparência, no que os olhos podem ver, e portanto constatar que de fato existe.
Quanto às energias das pedras, e mais, o grande conhecimento que trazia a entrevistada, tudo ficou assim meio ridicularizado pela conotação de místico...
E eu fiquei refletindo sobre o significado disso... chego a, talvez passageira, conclusão que a maioria dos seres humanos, e seu senso comum, não está preparada para este tipo de conhecimento. Que certos conhecimentos devem aguardar sua hora, ou talvez ficar para sempre nos registros dos que buscaram por eles. Uma coisa eu posso dizer: místico ou científico, o saber não é para todos, mas todos podem empreender a demanda em sua busca, o resto é querela inútil.


Bom final de semana a todos!

Um comentário:

  1. Realmente,a energia das pedras, muitas vezes è considerada coisa de louco (daì que vem o apelido de bicho-grilo) e então, ignorada pela sociedade.
    Essas pessoas que consideram isso loucura ,de certa forma, não pensam diferente da alta-sociedade de 1822.
    Hoje em dia è necessàrio ver mais adiante, e fazer verem conosco.
    Irene.

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